A Importância do Vínculo na vida da Criança
A Importância do Vínculo na vida da Criança

 

“A IMPORTÂNCIA DO VÍNCULO NA VIDA DA CRIANÇA”

Livro “O fim Da Evolução”, Joseph Chilton Pearce, Ed Cultrix, SP, 1992

O Vínculo coração-mente, capítulo 11

                Existem em nós dois pólos de experiência: nosso eu individual e único, gerado pelo cérebro, e uma inteligência impessoal, universal, gerada pelo coração. O sucesso da vida humana depende do desenvolvimento desse diálogo entre coração e mente; nessa dinâmica complementaria um afeta profundamente o outro e ambos são produto do desenvolvimento. Já que o imperativo natural do modelo sempre vigora, mesmo uma inteligência suprema precisa ser desenvolvida em nós se quisermos ter acesso a ela e gozar de seus benefícios. Infelizmente, não há nenhum conceito acadêmico nem ambiente-modelo propício a uma “inteligência do coração”, o que torna nossa ignorância a seu respeito um fato péssimo e de conseqüências catastróficas.

                ... A inteligência do coração precisa ser, ela também, desenvolvida – e isso ocorre por meio de métodos que a natureza convencionalmente emprega, de acordo com a natureza dos modelos fornecidos. Com o ambiente adequado, essa inteligência desabrochará; sem ela, o coração funcionará num plano estritamente celular e hormonal, mantendo a vida apenas num nível ‘reptelino-mamifero’ ver pg 115.

                ... Em todos os casos, ‘o imperativo natural do modelo’ e o ambiente propício são as chaves para o sucesso ou o fracasso. Como em todo desenvolvimento, se inteligência da base não for desenvolvida, as estruturas superiores não poderão se desenvolver. Por mais primitiva que pareça essa ligação entre o coração e o sistema límbico, a importância de seu firme estabelecimento ultrapassa qualquer medida. A mãe é a primeira mestra do coração e por isso é preciso que se estabeleça o vínculo entre mãe e bebê desde o nascimento, o período crítico. A mãe precisa então despertar a inteligência não desenvolvida do bebê e tornar-se o modelo constante para o desenvolvimento contínuo, até que a inteligência de seu filho se tenha atualizado e deixe de precisar desses cuidados.

                Como esclarece Paul Mac Lean, a natureza só poderia acrescentar ao nosso cérebro essas estruturas corticais superiores se tivesse garantia de que nós viveríamos um período de desamparo bem prolongado, ao longo do qual seríamos alvos dos cuidados necessários.

                A função biológica que nos dá a vida física é precisamente biológica do coração. Despertando e desenvolvendo uma, conseguiremos a outra porque elas se encontram numa dinâmica. A inteligência do coração não é nenhum doce sentimento, mas uma necessidade biológica primaria e a base de todos os vínculos, os quais se desenvolvem em estágios definidos: mãe-bebê, bebê-família, família-sociedade e um vínculo final macho-fêmea, de ‘emparelhamento’, no qual a vida se baseia. Essa série de ligações biológicas é a função principal do primeiro nível de inteligência do coração, e estágios muito mais poderosos estão à espera, a depender do êxito da finalização deste primeiro estágio principal.

                Testemunhamos no final do século XX a perda da força dos laços que, além de unirem a família e a sociedade, mantêm a energia sincrônica das três camadas do cérebro. O não-estabelecimento do vínculo que une à mãe pelo coração provoca uma perda de inteligência, amor, carinho e proteção, deixando apenas um mundo repteliano brutalmente defensivo. Isso não é apenas trair o ser humano, mas trair a razão da própria vida.

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